Estou travada há mais de 10 em uma única história. E sempre há uma desculpa longa para não terminar: não tenho tempo, meu computador quebrou etc. Daí fiquei pensando no celular. Ninguém vive sem celular por muito tempo, vive sem computador, mas sem celular é mais difícil. E ele está sempre com a gente, nos distraindo nas intermináveis filas, nas longas horas pelo trânsito... sem contar que ele é pequeno (na maioria das vezes) e dá para digitar com uma mão só enquanto a outra fica segurando qualquer outra coisa, seja a barra do ônibus, seja uma sacola, seja a mão de alguém. Mas será que a gente consegue? Será que alguém já conseguiu? Estou terminando o segundo capítulo da minha história -- e foi o mais longe que já cheguei dela.
Queria saber se mais alguém se sente assim e como faz e por qual motivo!
Olá Elis.
Olha, já tentei escrever na sala de espera do consultório e deu certo. Porém, não é algo que eu queira incluir na minha rotina. Já estou muito acostumado ao notebook.
Acho que, no fundo, a gente fica meio "apegado" demais... tem gente que ainda prefere usar a caneta e o caderno para escrever as histórias. Fico imaginando que o futuro é do celular e que, de tanto estarmos ocupados (já pensou? O horário parece que encurtou com o passar do tempo, os dias parecem menores, não é?) não teremos muitas opções. O notebook parece grande demais para se levar para qualquer lugar. Talvez os tablets da vida...
Há ainda quem prefere o K7, o vinil, o CD e o MP3 que o stream, mas o futuro é das inovações.
Só que no meu pensando fica: será que essa transição louca cria a "síndrome da página em branco"? Ou acaba por nos curarmos dela?
Mas por qual motivo você não gostaria de incluir o "escrever no celular" em sua rotina?